domingo, 9 de agosto de 2009

O preço das coisas

Tudo tem seu preço. Verdade? Sim.
Ao menos eu acredito que sim. Ainda mais se pensarmos que abrimos mão de algumas coisas para termos outras. Como quando um pai abre mão do contato com os filhos para trabalhar mais e prover uma vida melhor para sua família. Ou quando uma pessoa abre mão de toda a sua vida para viver ao lado de outra, mesmo que seja em uma barraca na beira da praia.
Na verdade, tudo não tem preço, pois todas as nossas coisas são incalculáveis para nós mesmos. A sua liberdade ou o teu amor por alguém tem preço? Aposto que não.
Será que podemos ter tudo? Pelo o que eu disse ali em cima, não. Pois se trocamos uma coisa por outra, nunca teremos tudo que queremos. Mas será que não queremos demais, ou melhor, será que não achamos que queremos demais.
As vezes eu acho que as pessoas focam demais em uma única coisa. Eu disse no post anterior, que queria ter sucesso em três áreas da minha vida, acadêmica, profissional e amorosa. Onde ficou a minha família nesse meio todo?
Não que tenha acontecido alguma coisa com alguém. Mas as vezes, a gente fica tão concentrado em fazer algumas coisas darem certo e esquece que as que já estão dando certo podem não dar mais. Como evitar isso? Acho que não tem como. Talvez se a gente não se dedicar demais a uma única coisa, e sempre estar presente quando estamos em um lugar.
Não sei se entendem, mas muitas vezes as coisas em nossas vidas acontecem, e nós ficamos como espectadores, não tomando atitude nenhuma em relação às situações. E como toda ação causa uma reação, até por que não reagir é uma reação.
O que eu vejo, em amigos, na minha família, e até em alguns relacionamentos que passaram. É que muitas vezes você pode ser bem sucedido profissionalmente, freqüentar as melhores festas e no final ir sozinho pra casa.
As vezes me parece que quanto maior o lado material da pessoa, mais emocionalmente carente ela está, seja por amigos, família ou namorado(a). É óbvio que isso não é regra. Eu conheço pessoas que tem muito dinheiro e emocionalmente estão muito bem obrigado.
Na família ou em amigos, eu encontro exemplos de pessoas que tem grana, mas de tanto trabalhar ficaram doentes. Ou que ganham bem, mas sentem um vazio que nem mesmo sabem explicar. Ao mesmo tempo que conheço pessoas que acordam todos os dias com um sorriso de orelha a orelha sem ter nem um centavo no bolso. É engraçado isso. Mas é a realidade. É incrível a porcentagem de pessoas que lida com o dinheiro como provedor de felicidade e não como um mero auxiliar.
Você seria feliz mesmo tendo seus bens materiais reduzidos a 10% do que tem hoje?
O que eu quero dizer é: Imagine todas as pessoas as quais você conhece ou que são mais próximas a você. Agora imagine somente você e elas em uma ilha deserta. Você conseguiria viver assim e ser feliz?
A resposta só pode se basear em o quanto as pessoas que estão a nossa volta fazem parte da nossa felicidade.
Então eu digo. Cultive ao seu redor amigos que o façam feliz, e faça-os feliz em troca, e se sobrar algum tempo, trabalhe.
Nós não precisamos esperar o pior acontecer para percebermos o nosso o erro, basta olhar a nossa volta e nos perguntarmos se as pessoas com as quais nos preocupamos estão bem. Porque de nada adianta sermos milionários se não tivermos com quem compartilhar nossa felicidade. That’s what I believe.

Será que o que eu escrevi fez algum sentido? At all?
Não vou ler de novo. Vai assim mesmo.

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